Com 4,1% da população acima dos 80 anos — o dobro da média nacional — Jardim do Seridó, no interior do Rio Grande do Norte, se tornou referência em longevidade entre municípios brasileiros com até 20 mil habitantes. O dado chamou a atenção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que implantou o Projeto Seridó, voltado à promoção do envelhecimento saudável.
A ação reúne alunos e pesquisadores de diversas áreas da saúde e já avaliou 254 idosos entre 27 e 31 de janeiro, utilizando o protocolo da Organização Mundial da Saúde (Icope) para medir a autonomia física e mental da população idosa.
As visitas incluíram moradores da zona urbana e rural e contaram com o apoio de agentes comunitários de saúde. Cada idoso recebeu um relatório com orientações personalizadas, que foram incorporadas aos prontuários das Unidades Básicas de Saúde.
A iniciativa também vai gerar um relatório técnico para a Secretaria Municipal de Saúde, com o objetivo de embasar políticas públicas para a terceira idade. O projeto destaca o compromisso institucional da UFRN com a inovação social e reforça a importância de aproximar ciência, gestão pública e comunidade diante dos desafios do envelhecimento no Brasil.