Polícia Civil investiga ameaças de morte e ofensas racistas contra prefeita no RN

A prefeita de Parnamirim (RN), Professora Nilda (Solidariedade), foi ameaçada de morte e sofreu ofensas racistas em textos recebidos por um aplicativo de mensagens de celular. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte informou que iniciou a investigação do caso.

Nas mensagens, o criminoso disse que vai invadir o gabinete da prefeita e “encher a cara dela de bala” no prazo de 10 dias. A professora Nilda também foi xingada de “macaca gorda esquisita” (veja imagens mais abaixo).

Em nota, a Polícia Civil informou que o caso é “de extrema gravidade e repulsa” e que “receberá tratamento prioritário pela instituição”.

Em nota, a prefeitura de Parnamirim informou que repudia e lamenta as ameaças de morte e mensagens preconceituosas, e que a prefeita Professora Nilda registrou um boletim de ocorrência e comunicou o fato à Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social do RN (Sesed).

Além disso, informou que adotou medidas preventivas para garantir a integridade física da prefeita a de seus familiares. A nota citou que “causa repulsa, revolta e indignação os ataques racistas e misóginos” contra a prefeita e que “esse ato de violência política de gênero não pode prosperar”.

“O poder executivo municipal espera que as autoridades competentes atuem de forma enérgica para prender o responsável ou responsáveis por essas atitudes deletérias”, conclui a nota.

A Polícia Civil informou que a investigação passou a se conduzida pela Delegacia Especializada no Combate a Crimes Raciais, Intolerância e Discriminação (DECRID), divisão recentemente criada no Estado.

Denúncias sobre o caso podem ser feitas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181.

Mensagens enviadas contra a prefeita

As mensagens foram enviadas à prefeita de Parnamirim por um número com prefixo 11, de São Paulo.

Nas mensagens, além da prefeita, o criminoso também ameaça contra a vida de pessoas pretas, da comunidade LGBTIQIAP+ e faz ofensas de ódio religioso contra adeptos de religiões de matrizes africanas.

Ele diz que vai matar “o máximo de negros, viados, bixas e macumbeiros que eu encontrar pela frente (sic)”.

O criminoso cita ainda nas mensagens enviadas que apóo o crime ele ainda vai sair pela porta da frente do gabinete. Ele alegou que tem problemas mentais diagnosticados e que, por isso, não sofrerá nenhuma consequência pelo ato.

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