A extração de ouro em Currais Novos já emprega quase 2.200 pessoas e se consolida como um dos maiores empreendimentos em atividade no Rio Grande do Norte.
“Lucro mesmo está tendo a comunidade de Currais Novos”, afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Silvio Torquato, referindo-se ao impacto direto da operação na economia local. A atividade é conduzida pela empresa Aura Minerals, que assumiu o controle do projeto após a saída de uma empresa australiana durante a pandemia.
A viabilidade do negócio foi impulsionada pelo preço atual do ouro no mercado internacional, que torna a extração altamente rentável. Para o governo estadual, o reflexo positivo não está apenas nos lucros empresariais, mas principalmente no número de empregos gerados e na movimentação econômica local.
O secretário também enfatizou que o Estado acompanha de perto o desenvolvimento do projeto e vê na mineração uma frente de geração de renda importante para o interior do Rio Grande do Norte.
Aura Minerals
A Aura Minerals anunciou o início das operações e da fase de ramp-up da Mina Borborema, em Currais Novos, no Rio Grande do Norte. O projeto, construído em 19 meses, deve atingir a produção comercial no terceiro trimestre de 2025 e tem expectativa de gerar entre 33 mil e 40 mil onças de ouro no primeiro ano. A mina emprega aproximadamente 2.184 pessoas direta e indiretamente, sendo 68% da comunidade local.
A empresa mantém um programa de treinamento de operadores para qualificar profissionais na operação da planta. “A Companhia segue empenhada em expandir esse percentual, promovendo o empreendedorismo e o crescimento econômico regional”, informou a Aura.
Rodrigo Barbosa, presidente e CEO da Aura Minerals, afirmou que a mina é o segundo projeto greenfield da empresa e destacou a execução dentro do prazo e orçamento. “Borborema, que tem potencial para ser a operação com um dos menores custos da companhia, foi construída dentro do prazo e do orçamento, em apenas 19 meses, e sem nenhum acidente com afastamento durante este período”, disse.
A expectativa da empresa é que Borborema se torne sua segunda maior operação em produção anual. O estudo de viabilidade da mina aponta uma produção estimada de 748 mil onças de ouro ao longo de 11,3 anos de vida útil, com possibilidade de expansão. Segundo Barbosa, a taxa interna de retorno pós-impostos é de 41,8% em base desalavancada e pode chegar a 81,4% com alavancagem de 50%. “Vale ressaltar que esses indicadores ainda não consideram o relevante potencial adicional de crescimento futuro das reservas, especialmente após a realocação da estrada”, afirmou.
A empresa também enfatizou as práticas ambientais da operação, como o uso de água de reúso e fontes de energia renováveis. “Borborema também se destaca como referência global em ESG”, afirmou Barbosa. O projeto é um dos cinco ativos em operação da Aura Minerals, que atua na exploração de ouro e metais básicos nas Américas.